Coisas da evolução! Mesmo contrariando a biologia, o leite permanece integrando a dieta regular humana

Coisas da evolução! Mesmo contrariando a biologia, o leite permanece integrando a dieta regular humana

Já parou para pensar que o queijo – aquele alimento que você gosta tanto – é, essencialmente, leite estragado?

E, indo mais além, já parou para avaliar que o líquido em questão – que é rico em gordura, proteína, açúcar e micronutrientes (como cálcio e vitamina D) – é feito pela vaca (ou outro animal) e que é preciso retirá-lo de suas tetas?

Ughss!! Estranho, não?

Pois é, mas viemos te contar que – apesar de muito consumido atualmente – o leite nem sempre esteve tão presente nas dietas de civilizações passadas.

Historiadores contam que, considerando os cerca de 300 mil anos de nossa espécie, beber leite é um hábito bem recente. Até cerca de 10 mil anos atrás, era muito raro encontrar quem bebesse leite. E isso só ocorria em raríssimas ocasiões.

As primeiras pessoas a beber leite – da forma regular como tomamos hoje – foram os agricultores e pastores pioneiros da Europa Ocidental (os primeiros humanos a viver com animais domésticos, incluindo vacas). 

E, hoje, veja só, beber leite é uma prática comum no norte da Europa, nas Américas e em uma série de outros lugares.

Sabia que, hoje, ao ingerirmos a bebida, estamos – efetivamente – contrariando a biologia?

Verdade! Não entendeu?

A gente te explica por que beber leite, atualmente, é pra lá de estranho.

É que o leite conta com um tipo de açúcar chamado lactose, que é diferente dos açúcares encontrados nas frutas e outros alimentos doces. Na “fase bebê”, o corpo humano produz uma enzima especial chamada lactase que permite digerir a lactose no leite das mães. Só que, depois do desmame, na primeira infância – para muitas pessoas – isso acaba.

O que acontece a partir disso?

Sem lactase, o corpo humano não consegue digerir – adequadamente – a lactose no leite. E o resultado é que, se um adulto beber muito leite, pode ter gases, cólicas dolorosas e até diarreia.

Pois é, coisas da evolução!


[Fonte: G1 // Ciência e Saúde]