Medicação usada no tratamento de leucemia revela eficiência para bloquear ação do coronavírus. Mas, por ora, só em animais

Medicação usada no tratamento de leucemia revela eficiência para bloquear ação do coronavírus. Mas, por ora, só em animais

Em testes realizados em camundongos, a plitidepsina – medicação usada no tratamento de câncer no sangue – mostrou eficiência para o bloqueio da multiplicação do novo coronavírus.

A pesquisa – que contempla os resultados de fase pré-clínica, ou seja, quando um medicamento ainda não foi testado em humanos – revelou que a droga em questão reduziu (em torno de 100 vezes) a multiplicação do vírus, além de evitar a inflamação nas vias aéreas.

Conhecido como Aplidin, o remédio foi desenvolvido pela farmacêutica espanhola PharmaMar e, de acordo com informações oficiais, teve efetividade  ainda maior que o antiviral Remdesivir, da americana Gilead, único medicamento aprovado – até o momento – contra a Covid-19.

É, mas o Aplidin ainda não foi aprovado para a comercialização no tratamento do câncer (que é seu objetivo principal) e foi rejeitado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Contra a Covid-19, o nome do remédio foi alterado para Aplicov.

Claro que, diante de uma pandemia, todo possível recurso que estanque o sofrimento das famílias que estão perdendo seus entes queridos para o coronavírus é muito bem-vindo, mas, vale sublinhar, os bons resultados em animais não significam – necessariamente – que a medicação funcionará também para humanos.


[Fonte: Exame.com]